domingo, 24 de abril de 2011

Coisa a propósito do Adeus.

Por ti faria um milhão revoluções.
Sem ti, não sou mais que uma pequena parte de mim, de peito em ferida.
 E depois do adeus meu amor, que fica entre nós?
Uma ponte feita dos nossos abraços?
Um vazio com o teu corpo marcado no meu?
E depois do adeus?
E depois do Nós?
Sem ti, sou apenas eu, e isso já não chega.



terça-feira, 19 de abril de 2011

Coisa simples de dizer.

E aqui me tens, vestido desta folha em branco e de um cursor que teima em lembrar-me que está pronto a correr mundo. Tenho um mundo inteiro de coisas para te contar, e tudo o que consigo, é prestar atenção a esta intermitência estranha que me convida a dar-te histórias sem fim... ou inicio. É na ponta dos meus dedos que tenho a melhor memória de ti. Foi na ponta dos dedos que te trouxe até aqui, a este exacto momento em que vivo do lado de cá da montanha que ergui. Sou do tamanho daquilo que sinto por ti. Sou mais, porque contigo nunca serei menos. Ergues-te do meu sonho. Um aroma. Um toque. Um olhar furtivo que se eterniza. És a ausência que me envolve em todos os lados, ou momentos, ou desejos. Existes à tua maneira dentro de um peito cansado de esperar. Gostava de te dizer a verdade: Que gosto de ti como um louco! Corro pelo mundo do sonho sem tocar no chão. Grito, pulo, danço fujo e avanço... mas é a ti que regresso sempre, porque tu é o meu lugar de chegada, mesmo quando estou de partida. Vês, afinal a folha em branco com que me visto, tem nela todas as histórias que te vou contar. Histórias simples. Com principio, meio mas sem fim. Melhor encomendar ao Brel a dança que nos prometemos. Ele sim. Ele sabia como colocar as palavras, e as coisas no lado certo da pele. Nele tudo vinha lá de dentro, de onde nascem as coisas que jamais desfalecem. Ele sim. Ele sabia o que era dançar para além do movimento Ele sabia o que era viver para além do momento.

Já eu...
Bem eu preciso de mais dos teus momentos, para me lembrar que para correr o mundo, não precisamos de tempo, mas de coragem para ver o que está do lado de lá da montanha... ou do lado de dentro do peito.


domingo, 17 de abril de 2011

Beleza sem hora marcada.

E foi então que ele sentiu,
que a beleza pura,
não tem um tempo
nem sequer hora marcada.
E na alma carrega
a saudade que antes desenhava
numa palavra só
um nome escondido num aroma
um cheiro, um travo doce
que amanhece todas as noites.

Será?